História do Maranhão

 

Não existem evidências de que os espanhóis tenham chegado à costa norte do Brasil, antes dos portugueses, como demonstrado no artigo Falsos Descobrimentos do Brasil.

As primeiras tentativas dos portugueses de colonizar o atual território do Maranhão ocorreram com a criação das Capitanias Hereditárias. Os primeiros colonos da Capitania do Maranhão chegaram em 1535. Eram cerca de 900 pessoas e fundaram o povoado de Nazaré, mas os ataques dos índios resultou na morte da maioria dos colonos. Em 1538, os cerca de 200 sobreviventes retornaram a Portugal. Outras tentativas ocorreram no século 16, mas sem sucesso.

No final do século 16, os franceses já exploravam o litoral norte brasileiro. Em 1612, eles ocuparam parte da costa do Maranhão (Isle de Maragnan), fundaram a França Equinocial e a cidadela de São Luís. Os missionários capuchinhos franceses conseguiram o apoio dos tupinambás. Os portugueses e espanhóis tentaram tomar o território durante os anos seguintes.

Em 1614, forças portuguesas, comandadas pelo caboclo Jerônimo de Albuquerque derrotaram os franceses na Batalha de Guaxenduba. Em novembro de 1615, o comandante francês Daniel de la Touche de La Ravardière foi preso, enviado para Lisboa e encarcerado na Torre de Belém.

Após a expulsão dos franceses, os portugueses iniciaram uma rápida colonização do território. Além do pessoal vencedor das batalhas, chegaram cerca de mil colonos dos Açores, em 1619. A Câmara de São Luís foi instalada no final do mesmo ano.

Em 21 de fevereiro de 1620, foi criado, por carta régia, o Estado do Maranhão, com capital em São Luís, separado do Estado do Brasil. Outra carta régia, de 13 de junho de 1621, mudou o nome para Estado do Maranhão e Grão-Pará. Entretanto, o governo do Estado somente foi instalado em 1623, por demora na chegada do governador nomeado. Uma das razões para a separação era a difícil navegação até a Bahia. Além disso, existia a vastidão das capitanias do norte.

Em 1641, São Luís foi invadida pelos holandeses, mas recuperada três anos depois.

O padre Antonio Vieira teve importante papel no Maranhão como missionário entre os índios.

Em 30 de agosto de 1677, foi criada a Diocese de São Luís do Maranhão, como sufragânea do Patriarcado de Lisboa. Em 5 de junho de 1827, após a Independência do Brasil, tornou-se sufragânea da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Em 1º de maio de 1906, subordinou-se à Arquidiocese de Belém do Pará. Tornou-se a Arquidiocese de São Luís do Maranhão, em dois de dezembro de 1921.

Em 1751, a capital do Estado foi transferida para Belém e o nome do Estado passou a ser Estado do Grão-Pará e Maranhão, invertendo a ordem dos nomes e envolvendo as duas capitanias do Grão-Pará e do Maranhão.

Em 1772, foi criado o Estado do Maranhão e Piauí, separado do Grão-Pará. Entretanto, a separação só se efetivou com a provisão de 9 de julho de 1774.

Em 1755, o Marquês de Pombal criou a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, promovendo o desenvolvimento da região e intensificando o comércio de escravos africanos. Essa empresa entrou em processo de liquidação, em 1778, mas funcionou até 1784.

Em 10 de outubro 1811, a carta régia de D. João separou a Capitania do Piauí da administração do Maranhão.

Em Sete de Setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro rompeu com Portugal. O governo de algumas províncias aderiram ao Príncipe, outros permaneceram leais a Portugal. A Bahia já estava em guerra desde junho, Pernambuco lutava pela independência desde 1817. O Maranhão foi dominado pelas forças brasileiras em 1823.

Após 1889, com a República, o Maranhão tornou-se um estado do Brasil.

Mais: História do Brasil

 

Sobrados no Centro Histórico de São Luís.

 

Detalhe do mapa de João Teixeira, de 1640, com a localização de São Luís.

 

O Cerco de Caxias em 1823

Na Guerra da Independência do Brasil

Após o rompimento do Príncipe Regente com Portugal, em 7 de setembro de 1822, o governo do Maranhão, exercido por uma junta provisória, permaneceu leal à Coroa portuguesa.

O major João José da Cunha Fidié, comandante das forças portuguesas no Piauí, venceu os brasileiros na Batalha do Jenipapo, em 13 de março de 1823. Mas os brasileiros continuaram em assaltos de guerrilha. Fidié seguiu, então, com seu exército, para a Cidade de Caxias, no Maranhão, acampando no Morro das Tabocas, em 17 de abril.

Em 20 de maio, as forças brasileiras, comandadas pelo baiano José Pereira Filgueiras, iniciaram o cerco de Caxias. Eram principalmente piauienses, cearenses e maranhenses. Ocorreram batalhas entre 17 e 19 de julho.

Em 26 de julho, Lord Cochrane, o Comandante da Esquadra Brasileira, desembarcou em São Luís do Maranhão e anunciou a adesão da Província ao Império do Brasil dois dias depois.

Enquanto isso, as forças brasileiras em Caxias recebiam reforços. Em 31 de julho de 1823, os portugueses se renderam.

 

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Nina Rodrigues

 

O maranhense Nina Rodrigues (1862-1906). Publicou dezenas de trabalhos científicos, principalmente sobre Antropologia e Medicina Legal. Nasceu em Vargem Grande, Maranhão. Em 1882, foi para a Bahia, onde estudou Medicina. Doutorou-se no Rio de Janeiro, em 1888, e retornou para Salvador como professor da Faculdade de Medicina da Bahia, onde foi orientador de Oscar Freire, entre outros.

Não é possível falar sobre o desenvolvimento da Medicina Legal no Brasil sem mencionar seu nome.

 

 

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