Rota do Surfe
Com mais de 500 km de litoral, Santa Catarina é irresistível aos surfistas.
De Passo de Torres, no extremo sul do estado, até Itapoá, no norte, o litoral catarinense apresenta pelo menos 127 praias com condições para a prática do surfe. Entre elas, pontos consagrados internacionalmente como a Praia da Joaquina, em Florianópolis, Guarda do Embaú (Palhoça), Praias da Vila e do Rosa (Imbituba) e Silveira e Ferrugem (Garopaba).
A cultura do surfe é tão marcante em Santa Catarina que influencia o estilo de vida das cidades litorâneas e dá impulso ao turismo jovem. Não por acaso, vários surfistas catarinenses integram a elite do surfe mundial. Pousadas, escolinhas de surfe e fábricas de equipamentos surgiram para atender a essa demanda, proporcionando uma boa infraestrutura ao surfista.
Durante o verão, os ventos geralmente são calmos pela manhã, favorecendo a prática de surfe. No inverno, um long john (roupa de neopreme longa) de 2 ou 3 mm é essencial. As frentes frias vindas do Atlântico Sul trazem massas de ar polar e muito swell (ondulação), podendo gerar ondas de até 4m. Algumas localidades usam o sistema se bandeiras para liberar o esporte em dias com boas ondas. Conversar com os pescadores antes de entrar na água é interessante para evitar aborrecimentos.
Em Florianópolis há dezenas de boas opções para pegar ondas. As praias mais frequentadas pelos surfistas – e onde costumam ocorrer campeonatos internacionais – são a Joaquina e a Mole, na costa leste da Ilha de Santa Catarina. Campeche, Moçambique, Brava e Santinho também oferecem boas ondas. Há boletins diários nas rádios, que informam as condições do mar e as melhores opções.
Surfista caminha na Praia do Rosa, em Imbituba. Um dos destinos mais procurados pelos surfistas catarinenses. As águas geladas requerem proteção de neoprene.
Em Santa Catarina
PRAIA BRAVA - praia ao norte da Ilha com condições constantes para o surf. Apresenta ondulação de leste e ventos de sul ou oeste as ondas variam de 2 a 6 pés no meio da praia e canto direito. Com grande swell de sul, o canto direito costuma apresentar ondas bem formadas, principalmente quando o vento predomina de sul com forte intensidade deixando o mar mexido em outras praias.
Ao sul dos Ingleses (praia do norte da Ilha). No canto norte as ondas variam de 2 a 8 pés predominando as esquerdas com swell de leste e ventos de nordeste. Nas valas do meio da praia com swell de Leste ou de Sul e ventos de oeste as ondas variam de 2 a 7 pés. Pico constante apresentando ondas diariamente. Há bons hotéis restaurantes no canto direito.
MOÇAMBIQUE - Praia com 14 km dentro de um parque florestal. As ondas fortes e tubulares quebram nas valas meio da praia e no canto norte variando de 2 a 6 pés. Bastante constante e tranquila, Moçambique funciona melhor com ondulação de sul ou de leste e ventos de oeste ou nordeste.
BARRA DA LAGOA - Fácil acesso desde a praia Mole. Pico que funciona com swell de Leste médio ou grande. As ondas variam de 2 a 8 pés e os melhores ventos são de Sul ou oeste. Muito frequentado por jovens surfistas e iniciantes. Bastante crowd nos melhores dias quando o swell está enorme.
GALHETA – Praia de nudismo entre a Barra da lagoa e Praia Mole. Apresenta boas ondas predominando as direitas com swell de Sul ou Leste e ventos fracos. As ondas variam de 2 a 6 pés.
PRAIA MOLE – No canto esquerdo boas ondas de 2 a 6 pés com swell de Leste. No meio da praia as ondas podem chegar aos 8 pés nos dias maiores com swell de Sul ou Leste e ventos fracos ou de oeste que é terral. Palco de vários campeonatos, bem constante com visual bonito e muito bem frequentada pelas gatas locais. Bastante crowd nos dias de boas ondas.
PRAIA DA JOAQUINA - É o pico mais constante e famoso da Ilha. No canto esquerdo com swell de Leste e ventos de nordeste as ondas variam de 2 a 10 pés com excelente formação predominando as esquerdas no outside e direitas na seção do Inside . No meio da praia várias valas dão condição predominando as direitas cavadas proporcionando bons tubos com ondulação de Sul e sudeste. Palco de uma etapa do WQS ( 2 divisão do surf profissional mundial ) e várias etapas regionais e nacionais. Joaquina é o pico mais crowd e local de treino diário dos melhores surfistas catarinenses.
CAMPECHE – Ao Sul da Joaquina. Uma das direitas mais longas do Brasil quando as condições estão ideais. Com swell de Sul com média ou forte intensidade e ventos de oeste ou norte as ondas rolam por centenas de metros com várias seções permitindo um surf de alta qualidade. Bastante crowd nos bons dias. As ondas variam de 3 a 8 pés.
MORRO DAS PEDRAS – Ao Sul do Campeche com vista da estrada. Ao lado do morro no canto direito as ondas abrem para a direita , tubulares e fortes. Com swell de Sul ou sudeste e ventos de Sul ou oeste as ondas variam de 2 a 6 pés. Nas valas do meio da praia as ondas variam de 2 a 5 pés quebrando para esquerda e direita.
ARMACÃO – Ao lado Sul do MORRO DAS PEDRAS. Praia extensa com areia fofa e bastante correnteza. Aqui funcionava uma antiga estação de pesca de Baleias. As ondas não são muito constantes e quebram próxima a areia. Tem seus bons dias com swell de Leste e ventos de Sul ou oeste que entram de terral e também tolera o vento nordeste fraco. As ondas predominando as esquerdas, variam de 2 a 6 pés com melhor formação no canto esquerdo.
MATADEIRO - Acesso no final da Praia da Armação. Um dos melhores picos da Ilha. Com swell de Leste e ventos do quadrante Sul , quebram boas esquerdas tubulares variando de 2 a 6 pés no canto esquerdo. Bastante crowd. Quando o swell esta grande as ondas quebram mais para o meio da praia formando picos para os dois lados.
LAGOINHA DO LESTE – Acesso a pé por uma trilha no morro por cerca de 40 minutos a partir do Pântano do Sul. A caminhada vale a pena pois esse pico apresenta ondas perfeitas variando de 2 a 8 pés com swell de Sul e vento nordeste. Praia com visual lindo e sempre sem crowd.
Garopaba: A cidade das praias selvagens que se formou em torno da pesca artesanal é hoje referências entre os surfistas. Sossegada no inverno, Garopaba transforma-se em agitado ponto de encontro de jovens na temporada de verão, com muitas baladas noturnas. Os melhores picos para surfe ficam na Silveira e Ferrugem, mas há pelo menos outras seis boas.
SILVEIRA - Visual de tirar o fôlego. Considerado um dos mais clássicos point-break de direitas do Brasil, quebra com maior constância no inverno quando as ondas podem passar dos 10 pés fácil. Nos dias de swell grande a entrada para o outside é feito pelas pedras o que exige uma certa experiência do surfista. As condições clássicas são com swell de sul com média ou forte intensidade, acompanhado de ventos do quadrante sul, quando isso acontece o crowd é inevitável exigindo pranchas acima de 7 pés. Várias valas no meio da praia dão condição com ondulação de sudeste ou leste e ventos fracos com ondas rápidas e fortes até 6 pés. No canto esquerdo nos dias de vento nordeste e com um bom swell rola uma boa esquerda variando de 2 a 5 pés muito freqüentada pelos locais.
PRAIA DA FERRUGEM - Uma das praias mais badaladas e constantes da região. No canto norte boas ondas rolam com swell de leste ou sudeste variando de 2 a 7 pés e é protegida do vento nordeste que não interfere na formação das ondas. Bastante crowd no verão.
PRAIA DO ROSA - Apesar de fazer parte do município de Imbituba este pico é muito frequentado pelos surfistas de Garopaba. No canto norte conhecido como Rosa Norte as ondas um pouco cheias podem variar de 2 a 8 pés com canal e swell de leste e vento nordeste. No canto sul conhecido como Rosa Sul há bares, restaurante e pousadas em frente ao pico e boas ondas quebram com ondulação de sul variando de 2 a 10 pés nos maiores dias é protegido do vento sul que pega de terral nas esquerdas, bastante crowd no verão, mas sobra espaço na arrebentação.
Imbituba: Surfistas que procuram ondas grandes costumam gostar de Imbituba. A Praia do Rosa, excelente point para surfe, fica neste município, embora o acesso o acesso seja através de Garopaba. Mas é a Praia da Vila o grande destaque catarinense no big surf, com direitas longas e rápidas no meio da praia e expressos para esquerda vindos do costão. Boas e grandes ondas rolam também nas praias do Porto e de Ibiraquera, entre outras.
PRAIA DA VILA - Localizada próximo do centro de Imbituba. No meses de inverno com swell de sul grande e vento nordeste que é terral as ondas podem chegar a 15 pés predominando as direitas abrindo em direção ao canal. Com swell de leste, predominam as esquerdas variando de 3 a 8 pés, em direção ao meio da praia. O pico é considerado clássico e muito procurado nos grandes swells.
IBIRAQUERA - O principal pico fica no canto esquerdo (norte) ao lado de uma Ilha. Longas esquerdas variando de 3 a 8 pés quebram quando o swell de sul vira para leste. Os melhores dias são com ventos fracos. No meio da praia, direitas e esquerdas quebram em várias valas com swell de leste ou sudeste.
Praticamente todo o litoral catarinense é propício para o surfe. Outros picos no Estado são conhecidos da galera do surfe, como São Francisco do Sul (Prainha), Barra do Sul (Point do Dô, Praia do Bispo), Barra Velha (Barrinha), Navegantes (Gravatá, Canto dos Molhes), Itajaí (Atalaia, Brava), Balneário Camboriú (Praia do Centro, Estaleiro, Praia do Coco), Itapema (Vieira, Flamingo, Plaza), Bombinhas (Mariscal, Quatro Ilhas) e várias outras.
Praia Mole, em Florianópolis.
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Fonte: SANTUR – Santa Catarina Turismo.