História de Minas Gerais
O desbravamento do sertão do atual Estado de Minas Gerais começou, em 1554, com a expedição exploradora do espanhol Francisco Bruza Espinosa, que residia na Bahia. Por ordem de Duarte da Costa, o Governador do Brasil, Espinosa partiu de Porto Seguro, percorreu parte das bacias do Rio Pardo e do Rio Jequitinhonha e atingiu o Rio São Francisco, em busca de riquezas minerais. A região era, então, parte da Capitania de Porto Seguro. Posteriormente, criadores baianos de gado seguiram pela região, com as notícias da expedição.
A ocupação efetiva do atual território de Minas Gerais, pelos portugueses, começou a partir do final do século 17, com a descoberta das primeiras jazidas de ouro. A primeira vila foi fundada em 1712, a Vila do Ribeirão do Carmo, que foi elevada à categoria de cidade, em 1745, com o nome de Mariana, em homenagem à rainha dona Maria Ana d'Áustria.
Em 1720, foi criada a capitania das Minas Gerais, desmembrada da capitania de São Paulo e Minas d'Ouro. No século 18, Minas Gerais tornou-se uma das principais fontes de riqueza do Império Lusitano.
Com a riqueza, seguiu-se um rápido povoamento da região e conflitos pela exploração das minas, como a Guerra dos Emboabas, com mineiros paulistas. Depois surgiram os conflitos pelo pagamento da parte do Rei, relativa à concessão das minas.
Ao contrário do que muitos autores escrevem, o quinto (20%), a parte do Rei, não era elevada, de uma forma geral, era inferior aos impostos pagos atualmente no Brasil. O termo "imposto" também é inadequado, pois as minas pertenciam ao Rei. O termo apropriado é royalty, embora não usado na época.
Em meados do século 18, a produção de ouro contabilizada nas Minas Gerais ficava por volta de 10 toneladas anuais. Em 1789, a Capitania devia à Coroa mais de sete toneladas de ouro. As ações para a cobrança dessas dívidas levaram, em oposição, ao movimento da Inconfidência Mineira.
Mais: Brasil no século 18 ►
No início do século 19, Minas Gerais entrou em um novo ciclo econômico, com a expansão da cafeicultura, mas a Bahia era, então, a capitania mais rica.
Em 1816, por alvará de 4 de abril, a região conhecida como Triângulo Mineiro, então parte da Capitania de Goyaz, foi incorporada à Capitania de Minas Gerais.
De 1880 a 1883, o engenheiro baiano Miguel de Teive e Argollo construiu a mais importante ferrovia de Minas Gerais, no século 19: a Ferrovia Bahia-Minas. Argollo era também o concessionário dessa Ferrovia, que foi transferida para o Estado de Minas Gerais, em 1897.
No século 20, a economia mineira foi diversificada e ampliada.
Mais: História do Brasil ►
Ouro Preto, a antiga capital das Minas Gerais. Fundada em 1698, é hoje um patrimônio cultural da humanidade por sua história, arte barroca e acervo arquitetônico.
Estrada para Barbacena perto do topo da Serra da Mantiqueira. Ilustração publicada, em 1886, no livro Three Thousand Miles through Brazil, do engenheiro inglês James William Wells. O autor viajou para Minas Gerais com uma equipe de engenheiros, em 1873, contratada por D. Pedro II, para definir o traçado da Estrada de Ferro D. Pedro II. Wells descreve Barbacena como uma cidade que domina a paisagem com suas casas brancas e torre das igrejas, cercadas por um verde vale, lembrando um cidade das Índias. A história de Barbacena tem origens no ciclo do ouro das Minas Gerais.
Igreja de São Francisco de Assis, em São João del Rel. Construção iniciada em 1774, em estilo barroco mineiro. A cidade, que começou como um arraial no início século 18, prosperou com a descoberta de ouro na região. Mais: Turismo ►
Minas Gerais
Copyright © Guia Geográfico - Minas Gerais |
O engenheiro baiano Miguel de Teive e Argollo, concessionário e construtor da mais importante ferrovia de Minas Gerais, no século 19: a Ferrovia Bahia-Minas, inaugurada em 1883.
História de Minas Gerais
Cores do Brasil
Por Jonildo Bacelar